Escrever é meu jeito de criar, de me conectar e, acima de tudo, de ser eu mesma.
Escrever é como voltar para casa depois de muito tempo longe. É reencontrar aquela parte de mim que sempre esteve aqui, esperando pacientemente para ser ouvida. Sento-me diante da página em branco e sinto como se fosse uma velha amiga, convidando-me para uma conversa íntima e sem pressa.
A cada palavra que desliza para o papel, é como se eu respirasse fundo pela primeira vez em dias. Há algo de mágico em transformar pensamentos soltos, sensações e memórias em algo tangível. É libertador e ao mesmo tempo reconfortante, como um abraço em forma de letras.
E o melhor de tudo é perceber como escrever me transforma. Cada frase é uma pequena vitória; cada texto concluído, um pedaço de mim que ganha vida no mundo. Escrever é meu jeito de criar, de me conectar e, acima de tudo, de ser eu mesma. É bom estar de volta.
Escrever sobre isso é como exorcizar um peso. Eu me peguei refletindo sobre aquelas redes, que um dia pareceram tão promissoras, tão cheias de possibilidades. Mas, com o tempo, elas começaram a se parecer mais com um labirinto ruidoso do que com um espaço de conexão. O zumbido constante — opiniões, notícias, vozes sobrepostas — tornou-se ensurdecedor. Não era mais uma conversa, era uma cacofonia.
Cheguei ao ponto de não conseguir escutar nem a mim mesmo. Tudo ali parecia urgente, gritante, exigindo atenção imediata. E eu me perguntava: Por que continuo aqui? Por que aceito esse barulho como parte da minha rotina? Foi quando percebi que aquilo estava me afetando mais profundamente do que eu imaginava, mexendo com meu psicológico, desgastando algo dentro de mim que eu nem sabia precisar de cuidado.
Decidi que precisava de silêncio, de pausa, de um espaço onde pudesse me ouvir novamente. E assim voltei à escrita, como quem encontra um refúgio. Um lugar onde o ruído desaparece e a única voz que permanece é a minha. É um alívio indescritível estar longe daquele zumbido. Talvez as redes tenham seu valor, mas eu precisava me reconectar comigo mesmo — e isso só encontrei fora delas.
Voltar à escrita me lembra de quem eu sou e do que eu amo. É um espaço seguro para explorar ideias, revisitar sonhos e, às vezes, até enfrentar medos. Aqui, não há certo ou errado, apenas o fluxo honesto do que precisa ser dito.


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