Cheguei aos 30. E não, não teve bolo com velinhas brilhantes, nem fogos de artifício. Teve, sim, uma avalanche de pensamentos, uma retrospectiva acelerada da vida e a constatação inegável: o tempo, esse danado, não para.
E junto com ele, vem a percepção (às vezes assustadora) das minhas próprias limitações. Não falo de limitações físicas, embora o joelho reclame um pouco mais depois da corrida matinal e a ressaca dure consideravelmente mais tempo. Falo das limitações impostas pela própria vida, pelas coisas feitas, e as que podem ter se adormecidas na gaveta do “e se…?”.
O cansaço também dá as caras com mais frequência. Não é só o cansaço físico, mas um desgaste emocional que se manifesta em suspiros profundos e na vontade de simplesmente silenciar o mundo lá fora. Um cansaço de lidar com as expectativas, com as pressões, com a constante necessidade de provar algo para alguém (ou para mim mesma?).
Mas, em meio a essa névoa de reflexões, surge uma fagulha de inquietação, um desejo latente de explorar novos horizontes. Ultimamente, tenho me pegado pensando muito na interseção entre tecnologia e arte. Como a tecnologia pode potencializar a expressão artística? Como a arte pode humanizar a fria lógica dos algoritmos?
Sinto a necessidade de expressar essas ideias, de conectar esses dois mundos que, à primeira vista, parecem tão distintos. Quero falar sobre como a inteligência artificial pode ser uma ferramenta para a criação, como a realidade virtual pode nos transportar para universos oníricos e como a arte digital pode romper as barreiras do físico e alcançar um público global.
Os 30 chegaram com suas nuances de cinza, com seus questionamentos e desafios. Mas também trouxeram a certeza de que ainda há muito a ser explorado, muito a ser criado. E essa busca pela fusão entre tecnologia e arte é parte de meu combustível, da minha forma de dar cor e significado a essa nova década iniciada. Afinal, o tempo não para.


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